Em dezembro de 2016, o Governo Federal anunciou algumas medidas adotadas para reacender a economia brasileira e minimizar as consequências da crise econômica no país. Uma dessas medidas conferiu mais liberdade ao trabalhador para investir o saque do FGTS que, até então, só poderia utilizá-lo em situações muito específicas.
Se antes o benefício estava restrito à utilização para compra do primeiro imóvel, cuja finalidade deveria ser moradia, agora tornou-se possível utilizá-lo para comprar seu lote como forma de investimento!
Mas, por que comprar um lote? Continue a leitura e descubra!
Antes disso, o que é o FGTS?
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é uma espécie de poupança obrigatória, gerenciada pelo Governo Federal. Trata-se do acúmulo mensal de 8% do seu salário que fica retido em uma conta, em seu nome, na Caixa Econômica Federal (CEF). O objetivo principal do benefício é prover recursos ao trabalhador em momentos importantes de sua vida, como, por exemplo, o financiamento da casa própria.
No entanto, a medida mencionada na introdução desse post mudou essa realidade. Ao liberar para saque os R$ 43,6 bilhões de reais, correspondentes à somatória das contas inativas de FGTS desde 2015, o governo deixou livre a forma como valor pode ser gasto, o que não significa que você deve sair trocando o guarda-roupa ou comprando uma TV nova!
Antes de tomar qualquer decisão, pense nas possibilidades de investimento para que seu dinheiro atendas às suas reais necessidades e se multiplique. Veja como fazer isso no próximo tópico!
Afinal, como posso investir o saque do FGTS?
Pagando dívidas
As taxas de juros que incidem sobre débitos como os provenientes de cartão de crédito e cheque especial, são sempre muito superiores às taxas de rendimento de aplicações financeiras Por essa razão, dê preferência ao pagamento de dívidas.
Sob a mesma perspectiva, utilize o FGTS também para abatimento de parcelas do financiamento do seu lote, ou para quitação, dele se for o caso.
Investindo em um imóvel
Neste caso, temos as seguintes opções:
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edificações (construídos);
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imóveis na planta (em construção);
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lotes e terrenos (não construídos).
A primeira opção depende de uma análise minuciosa dos detalhes do imóvel. É também a opção mais cara e burocrática. Cara porque quando você investe em uma edificação, está pagando por todo o conjunto da obra. Burocrática porque será preciso avaliar minuciosamente tanto a documentação do imóvel quanto a do vendedor.
A segunda opção possui uma aquisição facilitada, mas pode ser tão cara quanto a primeira. O financiamento dessa modalidade possui prazos maiores de pagamento, mas envolve riscos como atrasos na entrega e cancelamento da obra.
O lote, então, apresenta-se como melhor opção por ser um investimento:
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mais acessível que imóveis construídos;
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mais fácil de se adquirir, por envolver menos análise documental e de constituição (topografia, localização, etc);
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mais versátil pois você pode construí-lo como quiser ou apenas revendê-lo depois de valorizado.
Ainda tem o fato de que o lote não sofre depreciação, ou seja, é o único tipo de bem imóvel que não perde sua qualidade com o passar do tempo, nem sofre queda em seu valor compra. Veja o comparativo de depreciação de bens que elaboramos para te ajudar a tomar a decisão!
Como funciona a depreciação de bens?
A Receita Federal organizou uma tabela comparativa da taxa de depreciação de bens, conforme o prazo de vida útil de cada um.
De acordo com ela, veículos possuem uma taxa de depreciação de 20%, enquanto sua vida útil fica em torno de 5 anos. O mesmo acontece com aparelhos celulares e televisores. Eletrodomésticos possuem uma taxa de depreciação de 10% e vida útil de 10 anos, mas mesmo assim são bens bastante perecíveis.
Já as edificações (prédios, casas, apartamentos, etc.) possuem a taxa mais baixa de depreciação, correspondente a 4%, enquanto apresentam o maior tempo de vida útil, de 25 anos. Se é assim com construções, imagine só o lote não construído!
Na verdade, não precisa imaginar: um bom lote, cuja escolha foi feita de maneira estratégica, não sofrerá depreciação mas, pelo contrário, só valorizará com o tempo e com o crescimento da região.
E então, já sabe como investir o saque do FGTS? Compartilhe suas estratégias deixado seu comentário neste post!