Saiba como calcular os custos do financiamento imobiliário

O sonho da casa própria está no imaginário da maioria dos brasileiros. Uma das opções para essa conquista é o financiamento imobiliário, mas ele ainda gera muitas dúvidas nos interessados. Além de toda a burocracia, é preciso que o comprador se prepare para todos os encargos envolvidos na compra, que vão além do valor da entrada e das parcelas do imóvel.

Além de ser uma compra que exige grande quantia de dinheiro e que envolve a vida de toda uma família, é preciso que o consumidor tenha cautela na hora de fechar negócio. São taxas e impostos que, se não forem previstos, podem causar incômodos e até arrependimentos.

Para ajudar você nessa empreitada, preparamos um miniguia para descobrir todos os custos que envolvem um financiamento. Continua a leitura e prepare-se para a mudança!

O que é o financiamento imobiliário?

O financiamento imobiliário é uma linha de crédito oferecida por instituições financeiras. Ela deve ser utilizada para a compra de um imóvel, novo ou usado, residencial ou comercial e até para a compra de lotes.

A instituição paga o valor devido pela propriedade e o comprador fica responsável por oferecer uma quantia de entrada e arcar com o parcelamento.

Para ter uma ideia de valores, é possível que o consumidor faça simulações nos bancos e financeiras de acordo com os seus recursos disponíveis para a entrada. É importante lembrar que cada instituição tem suas regras e porcentagem mínima para esse primeiro pagamento.

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Quais são os tipos de financiamento disponíveis?

A diferença dos sistemas depende da forma de amortização de cada um, já que é o que determina como as parcelas funcionam. As modalidades mais comuns aqui no Brasil são a Tabela PRICE e a SAC (Sistema de Amortização Constante). Confira como elas funcionam abaixo.

Tabela Price

Esse sistema de financiamento funciona com valor fixo de parcelas. À medida que os juros pagos diminuem, o valor de amortização aumenta. Na prática, o que acontece é que grande parte do valor pago no início é composto pelos juros, ou seja, conforme o saldo devido é pago, o encargo também diminui.

Veja um exemplo. Se você quer financiar um imóvel no valor de R$ 100 mil para ser quitado em 36 meses com taxa de juros de 1% ao mês, deverá pagar o imóvel em parcelas fixas de R$ 3.321,43.

No primeiro mês, R$ 1 mil desse valor será correspondente aos juros, que é 1% do preço do imóvel. O restante é referente à amortização da dívida.

No mês seguinte a taxa de juros de 1% incide sobre o valor do imóvel, menos o que foi amortizado, ou seja, R$ 976,78 de juros e R$ 2.344,65 de abatimento. E assim sucessivamente.

SAC

No SAC, a prestação inicial cai mês a mês. Diferentemente da Tabela Price, nesse sistema a porcentagem da parcela que amortiza a dívida é constante e o valor dos juros diminui ao longo do tempo.

Com essa dinâmica, o saldo devedor diminui mais rápido no início, o que permite que a parcela seja reduzida.

Na compra de um imóvel de R$ 100 mil em 36 parcelas e com taxa de 12% ao ano, a primeira parcela seria de R$ 3.726,66. Desse valor, R$ 984 seriam de juros. Na última parcela, os juros seriam somente R$ 26,36, no total de uma parcela de R$ 2.804,14.

O que compõe o valor de um financiamento imobiliário?

Para analisar suas opções de acordo com a sua situação financeira e evitar surpresas, é preciso entender tudo o que está embutido no valor de um imóvel financiado. Não é apenas o valor do crédito e as taxas de juros, existem outros fatores. Saiba quais são eles!

Amortização

Esse valor refere-se à devolução do valor emprestado pela instituição financeira. Em geral, é o maior gasto no valor total do financiamento.

É nessa hora que você deve escolher entre os sistemas descritos acima. Tudo depende dos valores e de quanto você dispõe por mês para quitar essa dívida.

Taxa de juros

Essa taxa é o valor cobrado pela instituição para que você receba o empréstimo. É preciso fazer uma pesquisa para ver quais índices estão sendo praticados por cada banco para fazer a melhor escolha.

O valor dos juros ao final da compra costuma ser o segundo maior gasto do comprador.

Hoje em dia, o mercado está competitivo, o que ajuda na hora de o cliente escolher a menor taxa e as melhores condições.

Seguros obrigatórios

Os seguros contra danos físicos à propriedade são cobrados pela instituição para cobrir estragos causados ao bem e que possam causar sua desvalorização. Costuma ser uma taxa pequena, mas que faz diferença nas prestações.

Também existe o MIP (Seguro de Morte e Invalidez Permanente), que assegura ao credor que ele terá o valor resgatado caso o proprietário faleça ou seja acometido por uma invalidez permanente.

Demais encargos

Além do que já citamos, existem, ainda, taxas administrativas do financiamento. Elas também consome uma pequena parte do financiamento, mas é importante prever o valor.

Também podem haver problemas de documentação, o que aumenta os gastos do mutuário.

Como fazer a melhor escolha?

Antigamente, a Caixa Econômica Federal era vista como melhor opção para financiar imóveis por praticar taxas de juros menores que a dos concorrentes. Hoje, no entanto, a concorrência exige que o consumidor analise mais fatores.

Além da taxa, é importante conferir alguns benefícios que as diferentes instituições podem oferecer, como possibilidade de financiamento de imóvel de valor maior, mais tempo para pagamento das parcelas e menor porcentagem no valor da entrada.

O que também deve ser levado em conta é o relacionamento do interessado com o banco, já que correntistas podem conversar com o gerente e ter mais benefícios concedidos.

Uma ideia é você ir até uma imobiliária e se informar a respeito, já que os corretores são especialistas no mercado e podem prestar uma consultoria de qualidade.

Optar por um financiamento imobiliário não deve ser uma escolha da noite para o dia, por isso, planeje-se e informe-se a respeito. Com cautela e informação é possível fazer bons negócios e realizar o sonho da casa própria.

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