Não Assuste Com os Juros: Entenda Como Funciona as Taxas

Para muitas pessoas os assuntos que envolvem economia parece um verdadeiro enigma. Afinal, são fatores diversos que influenciam no movimento do mercado financeiro, tornando complicada a missão de entender como tudo isso implica no nosso próprio bolso.

Sabemos que taxas e juros são responsáveis pela inflação e pela desvalorização do dinheiro, mas quais são seus impactos na hora de investir em um imóvel?

Vamos explicar tudo sobre as principais taxas e juros que impactam diretamente nos planos de quem está pensando em adquirir uma casa nova.

Se você também tem essa dúvida, continue a leitura deste post!

Taxa Selic

Em forte movimento de queda nos últimos meses, a taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) foi um dos indicadores mais importantes da nossa economia.

A taxa básica de juros é obtida por meio do cálculo da taxa média ponderada dos juros praticados pelas instituições financeiras. Por isso, sua variação reflete em praticamente todos os aspectos de nossa vida, desde a compra no supermercado até o investimento em imóveis.

Em momentos de baixa, a expectativa é que haja um aumento no consumo, uma vez que os juros praticados pelo mercado também devem cair. Com mais poder de compra e possibilidades de crédito na mão dos consumidores, todo o mercado se aquece — inclusive o imobiliário.

Os impactos da taxa SELIC podem ser sentidos desde o canteiro de obras até a negociação de imóveis já construídos. Por isso, a tendência de reduções ainda maiores nesse indicador faz desse um bom momento para o investimento no setor.

INCC

Fundamental para quem pensa em construir, o INCC (Índice Nacional da Construção Civil) é utilizado para fazer a correção das parcelas de imóveis na planta ou com as obras em andamento.

Calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), esse reajuste visa cobrir as variações de custo dos materiais de construção, bem como dos salários pagos aos trabalhadores da construção civil.

IGP-M

Quando o assunto é mercado imobiliário, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) é amplamente conhecido por ser o referencial para correção dos valores de contratos de aluguel. No entanto, ele também é utilizado nos financiamentos de imóveis já prontos, quando feitos diretamente com as construtoras.

Em termos gerais, o IGP-M registra a inflação de preços desde matérias-primas até bens e serviços finais. Seu cálculo é feito a partir de três outras taxas:

  • IPA (Índice de Preços por Atacado), responsável por 60%;
  • IPC (Índice de Preços ao Consumidor), correspondendo a 30%;
  • INCC, que já conhecemos, respondendo por 10% do IGP-M.

IPCA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador que mede a inflação no país. Para isso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), órgão responsável pelo cálculo, leva em consideração os preços praticados na compra e na venda de imóveis, os gastos em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviço e pelo poder público.

Dessa forma, é definido o custo médio de vida de diversas regiões do país, sendo que cada localidade tem um peso diferente na composição da taxa.

INPC

Semelhante ao IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor tem por objetivo medir o custo de vida médio de famílias com renda de até 5 salários mínimos. Essa estimativa é feita seguindo as mesmas diretrizes do índice anterior, e é utilizada para orientar os reajustes salariais, preservando o poder de compra dos trabalhadores.

Todas essas taxas e juros refletem diretamente nos custos que envolvem um investimento no mercado imobiliário. Por isso, é preciso conhecê-los bem para descobrir o melhor momento de adquirir um imóvel, facilitando a sua programação financeira e evitando sustos ao se deparar com algum reajuste nas parcelas.

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